Telas Soldadas em empreendimento de luxo em SP

Desenvolver ao mesmo tempo e numa mesma área a construção de dois condomínios voltados para públicos diferentes: esse é o desafio que vem sendo vencido pela Tecnisa Engenharia no bairro dos jardins, numa das regiões mais valorizadas de São Paulo.

Os cerca de 8.000 m2 de área total do terreno, situado na rua Peixoto Gomide, formam desmembrados pela construtora para construir o Condomínio Edifício Dakota Jardins e o Condomínio Lê Crillon.

O Dakota Jardins compreende a Fase I da construção e é formado por dois prédios em estilo contemporâneo, com 26 andares (num total de 300 unidades de dois dormitórios), ocupando área construída de 30.207 m2.

Voltado para o público de alta renda e dotado de completa infra-estrutura, que prevê até mesmo spa, sala de hometeather, sauna e piscina aquecida, o Condomínio Lê Crillon faz parte da Fase II do empreendimento. Projetado pelo arquiteto Itamar Berezin, é formado por duas torres de 21 andares cada (totalizado 160 unidades de três e quatro dormitórios), em estilo neoclássico, com área construída de 32.263 m2.

A boa qualidade do solo argiloso do local permitiu que a fundação nos dois condomínios fosse executada no sistema de tubulão a céu aberto, com concerto armado.

O concreto utilizado na obra varia de acordo com o condomínio: na Fase I utilizou-se concreto dosado em central com especificação de fck de 30 Mpa em toda a estrutura (vigas, pilares e lajes). Já na Fase II, o concreto da parte estrutural tem fck de 25 Mpa. Segundo o Eng. Jorge Solano, essa diferenciação é explicada pelo fato de o Condomínio Dakota Jardins ter um número maior de pavimentos e pela necessidade de se obter pilares mais esbeltos.

Os pilares e vigas das estruturas dos prédios são executados em concreto, moldados in loco, sendo que a construtora mantém uma central de fôrmas na própria obra. O concreto é levado até a laje através de grua, numa operação que exige uma logística bem planejada com a concreteira.

A partir do pavimento tipo, em todos os edifícios, as lajes são maciças com armação de telas soldadas.
Segundo o eng responsável pela obra, Solano Alves Pereira Jr., as telas têm um papel muito importante em termos de produtividade e pelo resultado estético. “Um dos cuidados que a gente procura ter é com cobrimento do concreto. Como as telas soldadas são inteiriças e uniformes, essa preocupação é bastante minimizada".

Além disso, a tela propicia economia com mão-de-obra e bons resultados em termos de limpeza. Se você utilizar vergalhão, assim que ele é colocado, é necessário estar amarrando um a um e sempre sobram as pontas de arame. Dessa forma, temos que designar uma pessoa para fazer este trabalho de limpeza. No caso das telas, não existe a utilização de arames recosidos e, conseqüentemente, não há necessidade de alguém fazer essa limpeza”, avalia o engenheiro.

O apertado cronograma de construção prevê a execução de um andar a cada semana. O processo inicia-se com o gastalho, seguido da colocação de painéis de pilares, depois os escoramentos, colocação de armação de pilares, concretagem de pilares, armação da laje com telas soldadas, e, finalmente, a concretagem da laje.

As lajes dos pavimentos tipo dos prédios da Fase I apresentam espessura variando entre 12 e 14 cm. Já nos edifícios da Fase II, as lajes têm espessura de 14 a 16 cm.

O total de concreto utilizado no empreendimento soma quase 16t. Já o total de telas soldadas chega a 280t. As telas soldadas utilizadas são dos tipos EQ 178, EL 457/ 335, EL 138, EL 202/ 94, EL 419/ 94, EL 654/ 94, R 196, EQ 196, EQ 424, L 246, EL 283/ 46, EL 424/ 82A, L 424/ 82B, EL 636/ 82A, EL 636/ 82B. Na sua maioria, tratam-se de telas especiais especificamente para esse projeto.

De acordo com os construtores, a Fase II do empreendimento estará concluída em fevereiro de 2006 e a Fase I em abril do mesmo ano.

 

 
 
     
 
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