Agricultores participam de construção de piso industrial

Facilidade de utilização das telas soldadas foi fundamental



A necessidade de modernização das instalações da Usina de Açúcar Santa Terezinha, aliada ao fato de que no período de entressafra da colheita de cana centenas de agricultores ficaram sem trabalho, acabou gerando uma situação inusitada: cerca de 80% das obras foram realizadas pelos agricultores, sob coordenação de um corpo técnico qualificado.

Tal iniciativa só foi possível graças a utilização de tecnologias construtivas que facilitam a execução das obras. Um dos principais exemplos é o uso de telas soldadas na construção do piso industrial executado no pátio interno da Usina.

De acordo com o engenheiro Carlos Eduardo Schwabe, diretor presidente da Construtora Schwabe, toda a parte da obra que utilizou material do tipo das telas soldadas, pôde ser executada por pessoal sem muita qualificação. "A facilidade de utilização da tela é tanta que basta recortar e lançar os painéis nos locais determinados em projeto, o que os agricultores puderam fazer sem problemas", explicou o engenheiro.

A reforma começou em agosto de 2002 e as obras foram concluídas neste mês de abril. O trabalho foi iniciado ainda no período de safra, com uma logística que foi aos poucos reduzindo o espaço para o tráfego de caminhões e isolando algumas áreas para permitir a concretagem do piso. Depois de outubro, foi possível agilizar os trabalhos, contanto inclusive com a participação dos agricultores.

O piso do pátio interno da Usina demandou cuidados especiais, para evitar desgastes causados por atrito. Isso porque sobre eles circulam periodicamente caminhões puxando até três carretas, chamados de "tetra", com cerca de 100t de peso. Como na época de safra a Usina trabalha 24 horas por dia, o movimento diário é de mais de 100 caminhões.

Desta forma, foi executado um projeto para uma vida útil de 20 anos. Inicialmente, foi realizada a compactação do solo, a 100% do proctor normal e colocada uma camada de sub-base de brita graduada com 15cm. Posteriormente, foi feita uma imprimação com CM 30 na sub-base, para isolá-la.

A espessura da placa de concreto é de 21cm, com resistência à tração na flexão de 4,5MPa, dimensão máxima de agregado graúdo de 25mm e armação de tela soldada. A placa foi executada com régua vibratória, utilizando vibrador de imersão nas bordas e o espalhamento do concreto feito com ferramenta manual. O acabamento superficial do piso foi do tipo "vassourado".
A opção pela telas soldadas se deu pela agilidade no desenvolvimento da obra e para evitar a ocorrência de fissuras de retração do concreto. No total, foram utilizadas 24t de telas soldadas.
Na avaliação de seu diretor presidente, a Construtora Schwabe utiliza telas soldadas há vários anos pela rapidez que ela proporciona dentro de uma obra, além de diminuir os custos com mão-de-obra e propiciar melhor acabamento às construções. Para o engenheiro, outro benefício oferecido por esse material é a facilidade de transporte e armazenagem.

 

 
 
     
 
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